Apesar de eu gostar de falar sobre competitivo e, Pokémon Go sequer abrir brecha para isso existir, pelo menos nessa data, não há como ignorar o sucesso que o jogo está fazendo. Desse modo eu acabei jogando e consequentemente formando minha opinião sobre o jogo, a qual gostaria de expor nesse post.
Pokémon Go foi anunciado com o slogan "Capture Pokémons na Vida Real", com um vídeo de promoção que mostrava pessoas em locais extremamente bonitos, capturando os monstrinhos e ao fim, várias pessoas faziam um esforço coletivo para capturar o Mewtwo, que aparecera em um grande centro urbano, mobilizando dezenas, talvez milhares de pessoas. Por incrível que possa parecer, o vídeo não foi exagerado, realmente em algumas vezes, há videos no YouTube que mostram isso, pudemos ver algum Pokémon raro surgir e, pessoas pararem carros, saírem correndo e gritando por aquele pokémon, o que obviamente nos remetera a esse vídeo.
Tudo começou muito legal, a principio a ideia de capturar pokémons motiva bastante, até mesmo no RPG, porém ela cansa depois de um tempo. Junte isso ao fato de Pokémon Go ter apenas a primeira geração e você terá um jogo sem muitos desafios. A raridade de certos pokémons é questionável e, como todo jogo Free to Play, ter dinheiro pode resolver muitas coisas. Usar as moedas para comprar incubadoras farão com que você conclua a Pokedex rápido, bem rápido. Obviamente que você precisa andar, mas tudo bem, um esforço rapidamente premiado.
Se virando um pouco para algo que não pode ser ignorado quando se fala de Pokémon, as batalhas, o que temos até o momento é lamentável. O esquema de ginásios tem uma ideia interessantíssima, a de reforça-los com colegas de time, para aumentar o nível do ginásio e poder defendê-lo. Aqui entra o primeiro grande choque entre o que a Nintendo provavelmente irá permitir para Pokémon Go. Ela não quer um jogo que seja concorrente direto daquilo que ela venda, da sua fonte de lucro, ainda mais ante aumento de vendas dos jogos e de hardware nos principais mercados que a Nintendo atua.
O dito agora me leva ao dia de hoje e minha opinião atual sobre o jogo. Ele é muito divertido no começo, te motiva a conquistar uma série de coisas, porém começam a aparecer fatores que ao empilharmos teremos o seguinte:
- Os Pokémons tem IV, o que exige que joguemos muito para conseguir bons bichos;
- A melhor forma de se conseguir bons pokémons é chocando ovos, o que exige uma quantidade absurda de horas jogadas, caminhando, ou uma quantidade absurda de horas jogadas, ainda caminhando, porém gastando dinheiro de verdade para chocar mais ovos de uma vez;
- O sistema de batalhas é desastroso, não há o minimo de estratégia, apenas há uma pequena gama de pokémons de elite, onde, tendo esses bichinhos no seu time, basta organizá-los para ganhar de qualquer ginásio. E não há o que se fazer.
- Não conseguir ser tão efetivo na defesa de ginásio nos leva ao questionamento do "por que jogar tanto" já que você não tem ação direta na defesa.
- Completar a Dex não é a coisa mais desafiadora do mundo, apenas exige o já dito excesso de tempo gasto.
Tendo isso em mente, concluo que Pokémon Go não decidiu se será casual ou mais hardcore, desse modo fica complicado perder tempo com ele, pelo menos na minha opinião. Não haver brechas para criação de estratégia e ter muitos elementos de sorte envolvidos não é algo exatamente ruim, mas é frustrante para pessoas que levam jogos mais a sério.
Enfim, essa é a opinião de alguém que praticamente abandonou o jogo no level 22, com pokémons decentes, porém que percebeu que, tantas horas gastas com esse jogo, não darão a vantagem que se imagina. Corroboro com o fato de que, mesmo tendo level bem inferior a muito ginásio que enfrentei, eu os dominava sem maiores problemas, apenas por conhecer fraquezas e resistências, o que fazia a diferença causada pelo CP praticamente desaparecer.
É isso pessoal, essa é uma opinião exclusivamente minha, que, pouco tempo depois do lançamento do jogo decidiu abandoná-lo por não ver muito no horizonte, inclusive com as noticiais das atualizações. Há publico para que Pokémon Go continue um sucesso, porém acho improvável que pessoas como eu, que amam o RPG e amam o competitivo se animem muito com o que sairá de Pokémon Go.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Análise: Mundial de 2016
Olá pessoal, tudo bem? Faz tempo que não escrevo aqui, porém achei que seria muito legal comentar sobre o mundial de 2016, daí pensei que isso geraria um arquivo enorme para se ler e preferi comentar sobre a final, apenas.
Muitos já devem ter visto o resultado e eu devo dizer que eu gostei demais do jogo final. Eu realmente tenho que tirar o chapéu para o Wolfe. Em muitas situações anteriores, a impressão que ficava ao ver esse jogos importantes era de que o vice campeão errava muito na final, dando brecha para que o vencedor atingisse o resultado nos erros dele. Dessa vez eu não enxerguei dessa forma, mas sim, vi uma estratégia sólida e bem corajosa.
Antes de seguirmos, é legal eu comentar, a principio o que ele usava, mais para frente, nesse post eu explicaria como ele usava:
Kyogre;
Hitmontop;
Gengar;
Raichu;
Bronzong;
Rayquaza.
Durante os regionais e até mesmo jogando no modo de batalhas aleatórias, ou ainda acompanhando os campeonatos Premier e regionais, o Groudon dominava os times. Não é pra menos, já sabemos o quão forte ele é, porém a evolução do formato, onde dois desses pokémons normalmente proibidos são liberados, nos ensinaram a lidar com o que era muito popular lá em janeiro de 2016, portanto nada de Smeargle+Talonflame, nada de Xerneas, esse coitado, já caiu drasticamente de popularidade. O que Wolfe pensou foi algo extremamente efetivo, pelo menos na final. Antes de mais nada, para quem ainda não viu, aqui está o video da final:
https://www.youtube.com/watch?v=pvSkLthZBa0
O trunfo do jogo do Wolfe era algo extremamente interessante e inovador, pelo que se via até então. Ele usava o item renegado Ejject Button no Hitmontop, para poder aproveitar ao máximo duas características desse bichinho: o acesso a Intimidate, o que entrava com a função de deixar o lider com o Groudon menos complicado e o Fake Out. Engenhoso, porém de funcionamento simples, ele entrava com intimidate, caso não fosse atingido por algum golpe ele poderia utilizar Fake Out no turno seguinte e então, ao ser atingido, o que normalmente acontecia, ele seria automaticamente trocado.
A troca do Hitmontop, forçada pelo item era extremamente bem vinda, pois Wolfe conseguia controlar o clima, a chave do modo VGC em 2016. Com Kyogre e Rayquaza no time, em certos momentos ele conseguia impedir que Groudon usasse seus golpes de fogo, voltando com Kyogre, ou ainda anulasse os efeitos, com Rayquaza, tudo de forma muito inteligente. A estratégia é bem efetivo, porém eu fiquei particularmente admirado com a capacidade de realizar as trocas no tempo exato, daí entrou outro dos bichinhos dele, o Raichu.
O Raichu de Wolf tinha a ability Lightning Rod e entrava sempre com duas funções, a primeira de proteger o Kyogre de Thunders ou Thunderbolts, o que além de anular o dano, fazia com que o Raichu ficasse mais forte. Completavam o uso do Raichu o Volt Switch, para permanecer com o bom controle de campo, Endeavor para surpreender algum Pokémon com um overall defensivo maior, o que torna o jeito de jogar com um Raichu machucado em campo mais delicado para o oponente, e o Fake Out.
Tudo isso descrito até agora é efetivo e a chave do trunfo dessa estratégia. Sobre o uso dos dois grandões do time, Kyogre não tem muito segredo. Abusando da chuva para poder desferir golpes aquáticos muito poderosos, Kyogre tinha a já citada função de ajudar no controle do clima e ao dominá-lo, assustar o oponente com seu poder destrutivo. Todos esses elementos: altíssimo poder do Kyogre, Fake Outs de Raichu e Hitmontop colaboravam para a coisa mais assustadora do time de Wolf: O Rayquaza com Swords Dance. Wolfe utilizou muito bem a ameaça causada por um Fake Out bem encaixado e a forma de se defender disso. Como esse gole só pode ser utilizado no primeiro turno de ataque do Pokémon, a forma mais fácil de escapar desse golpe é com Protect, logo, abdicando de atacar. Aqui Wolfe sempre acertou, usou o Fake Out no Pokémon correto e então, usava o Swords Dance com o Rayquaza e aí, os jogos começavam. Lidar com um Rayquaza com Extreme Speed após um Swords Dance se torna das mais ingratas das tarefas e foi isso que pudemos ver na final, Swords Dances bem encaixados que tiraram gritos da torcida.
Em termos de jogo essa é a análise e as chaves para a vitória do Wolf, que chegou a o titulo de campeão mundial mostrando um jogo impressionante. Mesmo o Se Jun, aclamado campeão de 2014 que usava um Pachirisu não nos deu uma final de tanta qualidade quanto a do ultimo fim de semana, o domínio dele sobre o adversário na final foi muito grande, ele praticamente decidiu a partida do título no primeiro turno, já Wolfe duelou de forma muito estratégica contra Jonathan Evans, que também jogava bem e tinha um time muito bem estruturado, mas o campeão mostrou muitos méritos na vitória, exibindo um jogo de altíssima qualidade.
E foi isso, aproveitem o vídeo da final e usem de inspiração, quem sabe você não seja, em um futuro próximo o primeiro campeão mundial brasileiro?
Muitos já devem ter visto o resultado e eu devo dizer que eu gostei demais do jogo final. Eu realmente tenho que tirar o chapéu para o Wolfe. Em muitas situações anteriores, a impressão que ficava ao ver esse jogos importantes era de que o vice campeão errava muito na final, dando brecha para que o vencedor atingisse o resultado nos erros dele. Dessa vez eu não enxerguei dessa forma, mas sim, vi uma estratégia sólida e bem corajosa.
Antes de seguirmos, é legal eu comentar, a principio o que ele usava, mais para frente, nesse post eu explicaria como ele usava:
Kyogre;
Hitmontop;
Gengar;
Raichu;
Bronzong;
Rayquaza.
Durante os regionais e até mesmo jogando no modo de batalhas aleatórias, ou ainda acompanhando os campeonatos Premier e regionais, o Groudon dominava os times. Não é pra menos, já sabemos o quão forte ele é, porém a evolução do formato, onde dois desses pokémons normalmente proibidos são liberados, nos ensinaram a lidar com o que era muito popular lá em janeiro de 2016, portanto nada de Smeargle+Talonflame, nada de Xerneas, esse coitado, já caiu drasticamente de popularidade. O que Wolfe pensou foi algo extremamente efetivo, pelo menos na final. Antes de mais nada, para quem ainda não viu, aqui está o video da final:
https://www.youtube.com/watch?v=pvSkLthZBa0
O trunfo do jogo do Wolfe era algo extremamente interessante e inovador, pelo que se via até então. Ele usava o item renegado Ejject Button no Hitmontop, para poder aproveitar ao máximo duas características desse bichinho: o acesso a Intimidate, o que entrava com a função de deixar o lider com o Groudon menos complicado e o Fake Out. Engenhoso, porém de funcionamento simples, ele entrava com intimidate, caso não fosse atingido por algum golpe ele poderia utilizar Fake Out no turno seguinte e então, ao ser atingido, o que normalmente acontecia, ele seria automaticamente trocado.
A troca do Hitmontop, forçada pelo item era extremamente bem vinda, pois Wolfe conseguia controlar o clima, a chave do modo VGC em 2016. Com Kyogre e Rayquaza no time, em certos momentos ele conseguia impedir que Groudon usasse seus golpes de fogo, voltando com Kyogre, ou ainda anulasse os efeitos, com Rayquaza, tudo de forma muito inteligente. A estratégia é bem efetivo, porém eu fiquei particularmente admirado com a capacidade de realizar as trocas no tempo exato, daí entrou outro dos bichinhos dele, o Raichu.
O Raichu de Wolf tinha a ability Lightning Rod e entrava sempre com duas funções, a primeira de proteger o Kyogre de Thunders ou Thunderbolts, o que além de anular o dano, fazia com que o Raichu ficasse mais forte. Completavam o uso do Raichu o Volt Switch, para permanecer com o bom controle de campo, Endeavor para surpreender algum Pokémon com um overall defensivo maior, o que torna o jeito de jogar com um Raichu machucado em campo mais delicado para o oponente, e o Fake Out.
Tudo isso descrito até agora é efetivo e a chave do trunfo dessa estratégia. Sobre o uso dos dois grandões do time, Kyogre não tem muito segredo. Abusando da chuva para poder desferir golpes aquáticos muito poderosos, Kyogre tinha a já citada função de ajudar no controle do clima e ao dominá-lo, assustar o oponente com seu poder destrutivo. Todos esses elementos: altíssimo poder do Kyogre, Fake Outs de Raichu e Hitmontop colaboravam para a coisa mais assustadora do time de Wolf: O Rayquaza com Swords Dance. Wolfe utilizou muito bem a ameaça causada por um Fake Out bem encaixado e a forma de se defender disso. Como esse gole só pode ser utilizado no primeiro turno de ataque do Pokémon, a forma mais fácil de escapar desse golpe é com Protect, logo, abdicando de atacar. Aqui Wolfe sempre acertou, usou o Fake Out no Pokémon correto e então, usava o Swords Dance com o Rayquaza e aí, os jogos começavam. Lidar com um Rayquaza com Extreme Speed após um Swords Dance se torna das mais ingratas das tarefas e foi isso que pudemos ver na final, Swords Dances bem encaixados que tiraram gritos da torcida.
Em termos de jogo essa é a análise e as chaves para a vitória do Wolf, que chegou a o titulo de campeão mundial mostrando um jogo impressionante. Mesmo o Se Jun, aclamado campeão de 2014 que usava um Pachirisu não nos deu uma final de tanta qualidade quanto a do ultimo fim de semana, o domínio dele sobre o adversário na final foi muito grande, ele praticamente decidiu a partida do título no primeiro turno, já Wolfe duelou de forma muito estratégica contra Jonathan Evans, que também jogava bem e tinha um time muito bem estruturado, mas o campeão mostrou muitos méritos na vitória, exibindo um jogo de altíssima qualidade.
E foi isso, aproveitem o vídeo da final e usem de inspiração, quem sabe você não seja, em um futuro próximo o primeiro campeão mundial brasileiro?
terça-feira, 1 de março de 2016
Pokémon Sun e Pokémon Moon
Quando os títulos chegaram nas tradicionais letras usadas como incógnitas em equações, eu imaginei que ficará difícil nomear uma nova aventura de Pokémon, mas a minha opinião estava errada. Não a toa eles que são da Game Freak.
Brincadeiras a parte, o Direct de 26/02/2016 nos revelou que teremos uma nova geração de Pokémon e, o mais legal, ainda esse ano. No dia 25/02 eu troquei alguns tuítes com o perfil da LOP-SP sobre achar que viria geração nova, porém não aprovar a ideia. O jogo está saturado de pokémons e ainda assim os metagames estão limitados. A regra base de campeonatos oficiais mudou recentemente e ainda está em curso um processo de assimilar o novo jeito de jogar, mas já sabemos que 2017 será bem diferente, afinal, novos bichinhos serão introduzidos, incluindo novos guardiões.
Tendo em vista a "dificuldade" que uma nova geração trás pra quem joga no cenário competitivo, um alento veio do meu amigo Kalil Bernardino, principal organizador da Liga Pokémon Campinas: a oportunidade de continuar equilibrando o jogo. Tivemos uma redução de base de poder em XY e a introdução das batalhas no Level 50. Por mais que continue existindo uma quantidade relativamente limitada de pokémons aparecendo nos Top 8 de regionais e Premiers, essas mudanças nos permitem gratas surpresas. Não podemos ignorar o importantíssimo Pachirisu em uma equipe campeã mundial. Isso seria mais difícil de imaginar na geração BW, portanto nos indica uma melhora no sistema de jogo.
Além de alterações na forma como as coisas correm, alguns pokémons populares receberam Mega Evoluções, que os trouxeram ao jogo, bem como tiveram bases ligeiramente aumentadas. Tudo isso pode continuar, o que nos leva a crer que, uma geração com correções se fará mais importante que uma geração com 100 ou 150 novos monstrinhos.
Essa é a minha opinião sobre Sun e Moon. Concordam? Por mais que tudo seja especulação, essa é uma discussão que vale a pena :)
Brincadeiras a parte, o Direct de 26/02/2016 nos revelou que teremos uma nova geração de Pokémon e, o mais legal, ainda esse ano. No dia 25/02 eu troquei alguns tuítes com o perfil da LOP-SP sobre achar que viria geração nova, porém não aprovar a ideia. O jogo está saturado de pokémons e ainda assim os metagames estão limitados. A regra base de campeonatos oficiais mudou recentemente e ainda está em curso um processo de assimilar o novo jeito de jogar, mas já sabemos que 2017 será bem diferente, afinal, novos bichinhos serão introduzidos, incluindo novos guardiões.
Tendo em vista a "dificuldade" que uma nova geração trás pra quem joga no cenário competitivo, um alento veio do meu amigo Kalil Bernardino, principal organizador da Liga Pokémon Campinas: a oportunidade de continuar equilibrando o jogo. Tivemos uma redução de base de poder em XY e a introdução das batalhas no Level 50. Por mais que continue existindo uma quantidade relativamente limitada de pokémons aparecendo nos Top 8 de regionais e Premiers, essas mudanças nos permitem gratas surpresas. Não podemos ignorar o importantíssimo Pachirisu em uma equipe campeã mundial. Isso seria mais difícil de imaginar na geração BW, portanto nos indica uma melhora no sistema de jogo.
Além de alterações na forma como as coisas correm, alguns pokémons populares receberam Mega Evoluções, que os trouxeram ao jogo, bem como tiveram bases ligeiramente aumentadas. Tudo isso pode continuar, o que nos leva a crer que, uma geração com correções se fará mais importante que uma geração com 100 ou 150 novos monstrinhos.
Essa é a minha opinião sobre Sun e Moon. Concordam? Por mais que tudo seja especulação, essa é uma discussão que vale a pena :)
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
VGC 2016 - Soltaram os Monstros
Como já deve ser de conhecimento da maioria, a temporada 2016 de campeonatos oficiais de Pokémon, ou seja, os que são promovidos pela própria Nintendo e chamados "VGC" tiveram suas regras divulgadas e o impacto da notícia foi imediato. A partir de agora é possível utilizar até dois Pokémons da categoria "Uber" no seu time.
A primeira explicação válida sobre esse assunto é que Uber para a Nintendo é diferente do metagame Uber criado pela Smogon. Para a Nintendo, os Ubers são todos os Pokémons que são os chefões dos jogos, aqueles que controlam elementos da natureza e que em se tratando do jogo, possuem bases altíssimas de stats. Em resumo, eu me refiro a: Mewtwo, Lugia, Ho-oh, Groudon, Kyogre, Rayquaza, Palkia, Dialga, Giratina, Zekron, Reshiram, Kyuren, Xerneas, Yveltal e Zygard. Formas alternativas dos mesmos, tais como mega evoluções também podem ser usadas.
É importante destacar que todos eles podem ser encontrados nos jogos, sem a necessidade de métodos e eventos especiais, é aí que mora a restrição de pokémons que podem ser usados. Todos os pokémons que só podem ser conseguidos através de métodos especiais, seguem banidos: Mew, Celebi, Jirachi, Deoxys, Phione, Manaphy, Shaymin, Victini, Meloetta, Diance, Hoopa, Keldeo, Genescect e Arceus.
Voltando a como fica o jogo em si, podemos dizer que muda tudo. Muito se espera de como o metagame vai se estabelecer e se teremos um efeito parecido como que era visto em 2015, onde os times eram praticamente espelhos uns dos outros, sempre sendo visto Landorus T, Mega Kangaskhan, Heatran, Aegislash, basicamente só se via isso. Vou descrever agora quem eu acho que tem poder absoluto nesse Metagame e que podem ser os próximos mandachuva desses campeonatos:
Groudon
Em sua forma Primal, Groudon se torna um pokémon praticamente perfeito. Assumindo os tipos Fogo e Terrestre e imune a golpes de água (ridículo), a base assustadoramente alta de ataque, combinada com uma ótima defesa para golpes físicos e um alto HP, padrão para os Ubers, é bem dificil derrubá-lo. Basicamente não há estratégia com ele, você o põe em campo, a habilidade dele entra em ação criando um sol que é interminável enquanto ele está na arena que vai causar a proteção a golpes de água e potencializar eventuais golpes de fogo que você venha a usar. Basicamente a estadia dele em campo se resume a usar seu novo golpe exclusivo "Precipice Blades" para acertar ambos os pokémons adversários com muita força. A imunidade a Will -O-Wisp elimina uma maneira simples de lidar com ele, que seria queimando-o, portanto é bem preocupante ter ele do lado oposto da arena.
Rayquaza
Se o assunto fosse Single, simplesmente não ser possível enfrentar esse cara, mas como é dupla da pra lidar com ele, mas isso não significa que ele seja fraco, muito pelo contrário. O benefício das formas Primal é que eles dão um ganho de força para Groundon e Kyogre, mas não contam como mega e você pode usar outro mega no time. Porém, você precisa colocar um item específico para eles assumirem a forma primal. No caso de Mega Rayquaza, não existe pedra Mega, ele simplesmente Mega evolui. Não é possível usar outro mega na batalha, mas você pode colocar um item nele! Em um metagame de dupla isso é algo bem assustador. Veja, você pode acertar o adversário com Stabs + Life Orb. Você pode acertar o adversário com golpes extremamente fortes junto de Choice Band. Você pode fazer um jogo mais seguro e utilizar Lum Berry para se livrar de um inconveniente Burn. Você pode colocar Choice Scarf e acertar Draco Meteors que vão dar 1HKO em praticamente tudo. Como já deu pra reparar, são inúmeras possibilidades e é justamente aí que mora o problema. Você precisa esperar que ele se mova para você entender como se defender e muitas vezes esse primeiro movimento que ele realiza pode ser o suficiente para ele pegar o controle da luta e não largar mais. É extremamente preocupante vê-lo aparecer na arena.
Xerneas
Xerneas é um pokémon que executa função chave nesse novo metageme. Com uma base 600, ele passa longe de ter a mesma força bruta dos dois citados anteriormente, porém dentro de um jogo mais tático ele é extremamente bem utilizável. A habilidade dele é muito forte, poucas habilidades são tão boas quanto "Fairy Aura". Dói ser acertado por um Moomblast, ou até mesmo por um Dazzling Gleam, que nesse caso afetaria ambos os pokémons adversários. Além disso, ele é um predador natural e extremamente efetivo contra qualquer dragão, afinal ele é o fada mais forte do jogo, muito simples e fácil de se utilizar. Graças a sua alta base de ataque, similar à de especial ataque, você ainda pode ser acertado por golpes físicos inesperados em algo que você jogue para fazer a defesa contra ele. Apesar de não haver muito o que falar sobre Xerneas, o uso simples dele é o grande trunfo.
Kyogre
A mecânica é bem simples e similar à de Groudon. Você coloca ele em campo, vem junto uma chuva torrencial que ficará lá enquanto ele estiver na arena e que deixa seu "Origin Pulse" com uma força absurda e acertando ambos os adversários. Além disse, golpes de fogo não funcionam. Ocorre que os benefícios não são tão positivos quanto para Groudon. O Kyogre não é ruim, inclusive o suporte que ele provém para um parceiro aquática tenderá a ser melhor do que o que Groudon oferece a um pokémon de fogo, ou a um pokémon de planta que se beneficia do sol, mas que pode acabar levando só um golpe de fogo. Mas voltando a Kyogre, ninguém quer usar golpes de fogo nele mesmo, então a imunidade acaba sendo um pouco irrelevante, além disso, você estará aberto a levar um Thunder que acerta com bastante força a nossa querida orca. De resto você tem bastante força bruta, apoiado por um clima que da um suporte enorme para criação de time, até maior que Groudon.
Mewtwo
O legal desse cara é que, além de estiloso e de ser um dos seres mais respeitados do mundo pokémon, ele permanece como sendo uma das principais armas ofensivas que existem. Atribua a isso um uso decente para suas três formas existentes. Mewtwo sem mega evoluções tem acesso a ótima gama de golpes, bem como a um item que pode ser chave na sua estratégia e ele continua sendo muito forte. Na Mega forma Y ele se torna o máximo da agressividade em relação a não estar mega evoluído, porém você ganha junto um pouco de fragilidade defensiva, principalmente para ataques físicos. Nesse caso não derrubar o adversário com apenas um golpe passa a ser algo preocupante, pois o revide pode ser fatal, entretanto a força com a qual ele bate é absurda e com certeza, com proteção ele tem função fundamental em certos times. Em sua forma X ele se torna algo que vai incomodar muito. Com acesso a golpes que podem derrubar quase tudo, além de um extremamente chato Drain Punch, ele pode ficar muito tempo no campo atrapalhando e derrubando muita coisa. Um simples Bulk Up pode encaminhar a vitória.
Esse são os monstros que acredito que podem ter impacto direto no jogo chegando ao ponto de poder criar um domínio. Concordam?
Esse são os monstros que acredito que podem ter impacto direto no jogo chegando ao ponto de poder criar um domínio. Concordam?
*Nota de correção: Originalmente eu havia publicado que uso de Deoxys foi liberado, porém, mesmo que agora possamos encontrá-lo no meio do jogo, como sequencia do Episódio Delta, ainda não é possível de usá-lo em batalhas VGC.
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